segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Concerto Literário - 2o Movimento

no hospício o auspício de um vagamundo imundo habitante do gigante gritante submundo percorrido bem profundo decorrido num segundo no qual confundo o que afundo e fundo findo a fenda formal cheia de formol que me faz mal pois seu perfume performer perfura a pura dura matéria etérea estérea esférica e eufórica sem cólica do mênstruo a ação a declaração do claro são a proclamação da exclamação em sua armação que surge e ressurge em sua arma em seu carma em seu darma na sua farma em Parma onde o cu ativo gera a hera e o cultivo da letra artesã de uma destra arte sã em sua plena consciência com o plano da ciência plana a vivência da experiência sem latência tencionando e acionando o novo de novo no ovo do povo em polvorosa na pólvora da prosa leprosa que se espalha se malha se atrapalha mas não falha na folha que se valha sendo várias árias de páginas em branco canalhas todas pleiteadas para serem completadas com pétalas sonoras senhoras complicadas com picadas é o fim do sim na solução do não no solo da canção sem explicação no colo sem aplicação decolo sem o ápice então no conto da razão de um ponto em erosão sou a corrosão a ruptura e a pintura em abstração sem obstrução nem obturação obter o habitar é o que me salta me assalta aqui estão em questão tudo aquilo que me falta pois já não sei aonde moro na onda que me demoro e ando lento ao relento no meio do vento sem mais semas busco saber o quanto valho no lusco-fusco vejo muita água numa gota de orvalho na qual resvalo e revelo o belo prelo no elo do amarelo que eu selo para sê-lo no zelo do vermelho ao ver melhor o coelho e seu sereno dístico tão místico no misto esquisito sem quesito situo a situação sem tua ação continuo o hino menino atrevido atroz vivido indo sem ter vindo com o zumbi do zumbido retinindo ereta mente fluindo retilíneo partindo em linha reta seguindo em frente enfrente a fronte inimiga e migre carregando toda a força de um tigre vá voe viaje veja e reveja seja do bolo a cereja para que o tolo não perceba a potência de sua seiva chame a responsabilidade proclame impondo habilidade inove em liberdade a linguagem já tão suja do texto retrógrado simplesmente fuja rompa a grade corrompa mas agrade não se omita não permita que a escrita se degrade se segregue escreva sim agregue valor no rolar do criador desenrole sua prole com a prolepse que lhe escolhe toque sua gaita-de-foles mas jamais se desfolhe porque o passado já não lhe engole, o passado já não lhe tolhe mergulhe no futuro e assim se molhe

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