segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Concerto Literário - 3o Movimento

mergulhado imerso e ilhado em verso estando do outro lado submerso manifestando o que é alado me meço e me arremesso empestando com o que tenho falado dessa vez espetando venho calado tendo escalado o escolado escolhido e colhido pelo que por mim tolhido tornou-se o fim da libido que brado remido quebrado na borda que me dobra me cobra me sobra na obra que abro então macabro em tom tão brabo me orgulho do mergulho cujo no escuro agulho e furo em fúria e a agulha se fia e enfia enfim a sofia em uma fase já em ênfase e assim engendra a mim mais um dia na fenda sem renda já rendida e apreendida porém mal entendida tendida sem medida na média da comédia partida sortida na sorte ida de uma ferida preferida que ao ser proferida lida com o não lido livro compelido do livre expelido sem apelido pálido e esquálido sem qualidade na qual a idade com seu aval oval lava a vala da palavra que se cala em escala industrial do dois ao trial primordial no mero número ordinal primo pelo original e ordinário de um ovário literário vário que eu canto como canário e encanto neste cenário construindo meu planetário destruindo seu monetário explodindo levando ao cemitério esse monastério etéreo que com seu mister mistério nos joga no canteiro e roga ao mundo inteiro um falso pensamento verdadeiro trazendo o sofrimento derradeiro mas de minha verdade total alcança-se uma realidade tal no fato do fatal fetal letal metal pré-natal na tal pré-concepção da acepção sem decepção nem decapitação pois sou a opção que ninguém veta sou a escolha certa e sendo assim me ensandeci ao do ser descer e dizer que a guilhotina e sua rotina cretina já eram já erram já encerram nos gritos que se berram em mim porém o som ultrapassa as barreiras da pele o ruído perpassa as carreiras em série e sério me leve me releve me revele ao revés do que se atreve através no viés revirado que revi errado e viera nas cantigas de antiga era já de mim se espera uma nova tela uma nova cela mais nove cores em uma aquarela e a querela entre passado e futuro o que ficou e o que virá a ser começa a nascer aqui ou além no amém do aquém destinado a quem deste nado vai mais fundo mergulhando como eu fiz e refiz no refil do fuzil vazio sombrio com brio levantando dos escombros para que dando de ombros dispensasse os bombeiros e pensasse as beiras de novas frontes inteiras nas fronteiras que me dão tonteiras e tudo roda pinta e borda sinta a corda que lhe prende vá até onde compreende sem medo de se sentir cedo pendido a um dedo de estar arrependido não se arrependa não se renda não se venda não vende seus olhos ainda há muito por vir e ver

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