segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Linguarudo novo

Em uma sala
Com ar condicionário
Sou ventrílouco
(Ventre louco).

Obstrinado lexicalmente
Faço das palavras
Marionetas (das quais sou avô).

Elas nasceram
Flexinvencíveis
Provenientes do ventre de minha filha
Apos ter seu diciovário fecundado por meus toques.

Sou como um rei Mid(i)as verbal
(Es)trago e fumo minha reisponsabilidade
Desequilivrando letras buscando um equilivro
Dentro de uma língua que custa a morrer:
Esquelento portugues na aranha-céu de nuvens
Uma léngua que estremerece apaguar-se diante de mim.

Sou como um mar que em gole engole o riacho
Para continuar meu caminho estrada aflora e faunático
Nesse jardimensão reverbrilhando no estribrilho de pandourada.

Sou um saltimbranco tripografitando a folha vaziática resonhante
Enquanto borbolentas voam de vagar, como a morte da língua.
Lingua má eterna?
Lingua materna apenas
Lastiamável língua pedreglosa
Crema no teu sono ácido
Que daqui eu recoemendo uma nova língua
Filha do sol bemol
Adeus língua obsolenta e obsoletra.

Beijem minha língua magicômica
Tragicônica esfumalçaando (e esfumalcançando)
A criativerdade clepsideral de um astro-nata.
O primeiro homem a pisar no leite, quem foi?
NabucodonOSÓRIO, que realizou seu matrihormônio com Florvelha Espancada.

Na minha língua não são as estrelas que brilham no céu
São esletras – anagramadas – que rimam no papel.

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