domingo, 15 de novembro de 2009

Poema performático

Poema para uma voz e um performer*.

SusSURRO** palavras
Fazendo elas sentirem
A dor das porradas,
Que proclAMO doentio.

Ensangüentadas
Perdendo forças
Elas entregam-se
Diante de meu poder
Expresso com amor.

Sem trégua, régua ou égua
Trato todas em equalidade,
Até as que crio num reLANCE
Dizendo que são minhas filhas.

Sou um escritor possessivo
Daqueles que conta vantagem.

Mato a obra e mostro o mau.

Mágico, poÉTICO que sou
Faço de meu ser
Uma nova linguagem
Que nasce e cresce em mim.

Minha vida é um jogo de palavras.

*Dramatização: Escrever cartazes com palavras que foram banalizadas: amor, respeito, carinho, paz, sucesso, valor, família, paixão, deus, etc.
Enquanto uma pessoa declama o poema de modo sussurrado, a outra vai surrando os cartazes-palavras com uma fúria enlouquecedora de rasgar, picotar e espalhar pedacinhos de papel para e por todos os lados.

**SusSURRO e Só surro. Brincar com essa sonoridade repetindo a frase e alterando/variando cada uma dessas duas palavras em negrito repetidamente.

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